sexta-feira, 19 de junho de 2009

Mercado valoriza a Inteligência Emocional.

22 de setembro de 2005 às 10:03

A inteligência emocional tornou-se mais uma importante referência no universo corporativo. Nesse cenário, trabalhar as próprias emoções a fim de produzir efeitos positivos é uma habilidade decisiva na carreira de qualquer profissional em busca de sucesso. De acordo com especialistas, a procura por conhecimentos sobre o tema também garante a manutenção da qualidade de vida. O modelo de inteligência emocional foi desenvolvido a partir de um estudo realizado por Daniel Goleman, psicólogo americano e Ph.D. pela Universidade de Harvard. Resumidamente, caracteriza a forma de se lidar com as nossas próprias emoções e com as das pessoas ao nosso redor, entre outras habilidades. A proposta de Goleman deve sua origem a uma pesquisa anterior sobre as Inteligências Múltiplas iniciada, na década de 80, pelo Dr. Howard Gardner. “Expressar a emoção não era visto como algo inteligente. Por muito tempo, acreditou-se no QI (Quociente de Inteligência) como a única medida válida, sendo esta determinada geneticamente e sem condições de ser modificada. Hoje, esse enfoque mudou bastante e passou a ter um papel preponderante até mesmo no trabalho”, ressalta Deroni Sabbi, psicólogo, conferencista e diretor do Sabbi Institute Desenvolvimento Humano. Atualmente, a inteligência emocional também marca presença desde o processo seletivo, sobretudo no caso de líderes e gestores. “O conhecimento dos próprios pontos fracos e fortes e o uso disso são instrumentos para se superar muitos desafios. Sobretudo a intuição e a criatividade estão muito valorizadas, pois através delas um executivo pode pressentir os próximos movimentos e tendências do mercado”, reforça Sabbi.Para Suzy Fleury, psicóloga e consultora empresarial, o conceito foi levado às empresas a fim de mostrar que o desempenho é conseqüência de conhecimentos técnicos, de planejamento estratégico e, principalmente, da parte atitudinal ou postura. “É um modelo ampliado responsável por colocar as emoções no centro das habilidades para viver. E os benefícios dessa alfabetização ocorrem nos planos: pessoal, familiar, social e profissional”. A especialista também já atuou como responsável pela preparação psicológica da Seleção Brasileira de Futebol e é autora do livro “Competência Emocional”. E como o indivíduo pode trabalhar a própria inteligência emocional? Segundo Suzy Fleury, compreender o mecanismo das emoções é o primeiro passo para o desenvolvimento da habilidade. “A ansiedade, por exemplo, origina-se da importância de uma situação futura somada à incerteza de seu resultado. Isso gera um pensamento temporário que pode ser produtivo ou não”. Em casos como esse, o equilíbrio é o mais recomendável. “Não precisa ser otimista o tempo todo e sim extrair um lado positivo de situações com muitos aspectos negativos”, ressalta a psicóloga.Ithia Farah, gerente de Recursos Humanos do NUBE – Núcleo Brasileiro de Estágios, compreende como fundamental a participação dos líderes no processo de aconselhamento de toda a equipe. “A liderança pode servir de exemplo e incentivar o amadurecimento da inteligência emocional dos colaboradores. Isso ocorre através de feedbacks periódicos, acompanhamentos de desempenho e indicações de leituras complementares”, explica. Diversas instituições - através de abordagens próprias da psicologia - desenvolvem cursos e workshops sobre o assunto para escolas, empresas e público em geral. “Existe uma tecnologia que permite esse desenvolvimento tanto na área de dinâmica de grupo como da Programação Neurolingüística e outras disciplinas análogas”, conclui Deroni Sabbi. Suzy Fleury complementa e aconselha: “Há livros, artigos, vídeos e palestras para quem pretende aprender sobre esse universo. E o mais importante: viva o momento de forma mais intensa”.

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